A primeira coisa a se pensar quando se recebe um diagnóstico de um transtorno, seja qual for, é sobre o tratamento para aquilo. Um dos transtornos que está bastante em pauta ultimamente é do TDAH, mas será que TDAH tem cura? Qual é o tratamento que existe?
Esse é o foco do nosso texto de hoje, explicar para você tudo sobre o tratamento para TDAH e o que você pode fazer caso tenha recebido esse diagnóstico.
Então, acompanhe abaixo as informações mais importantes sobre esse assunto.
Leia também: Quais são os tipos de TDAH?
O que é o TDAH
TDAH é a sigla para o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Esse transtorno é neurobiológico e as pessoas que são diagnosticadas apresentam sintomas como: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
No dia-a-dia, ele se manifesta em situações com a dificuldade de se concentrar, manter o foco, muitas inquietações, dificuldade na organização de tarefas, entre outras.
Um estudo recente afirma que entre 5% a 8% da população mundial tem TDAH.
Então, é um diagnóstico até que comum e que afeta principalmente as crianças, já que o transtorno costuma iniciar nessa fase da vida. Mas afinal, como é o diagnóstico, e acima de tudo, TDAH tem cura?
Como é o diagnóstico
Nesse sentido, para ter um diagnóstico de TDAH é preciso que aconteça uma avaliação clínica do indivíduo.
Atualmente, existem testes específicos para identificar o TDAH, além da análise dos sintomas que acontecem no dia-a-dia.
Um dos testes que se faz hoje em dia é o ASRS–18, com perguntas que buscam avaliar a frequência dos comportamentos, através das seguintes perguntas:
Veja
- Com que frequência você deixa um projeto pela metade depois de já ter feito as partes mais difíceis?
- Com que frequência você tem dificuldade para fazer um trabalho que exige organização?
- Com que frequência você tem dificuldade para lembrar de compromissos ou obrigações?
- Quando você precisa fazer algo que exige muita concentração, com que frequência você evita ou adia o início?
- Com que frequência você fica se mexendo na cadeira ou balançando as mãos, ou os pés quando precisa ficar sentado por muito tempo?
- Com que frequência você se sente ativo demais e necessitando fazer coisas, como se estivesse “com um motor ligado”?
- Com que frequência você comete erros bobos por falta de atenção quando tem de trabalhar num projeto chato ou difícil?
- Com que frequência você tem dificuldade para manter a atenção quando está fazendo um trabalho chato ou repetitivo?
- Com que frequência você tem dificuldade para se concentrar no que as pessoas dizem, mesmo quando elas estão falando diretamente com você?
- Com que frequência você coloca as coisas fora do lugar ou tem dificuldade de encontrar as coisas em casa, ou no trabalho?
- Com que frequência você se distrai com atividades ou barulho a sua volta?
- Com que frequência você se levanta da cadeira em reuniões ou em outras situações onde deveria ficar sentado?
- Com que frequência você se sente inquieto ou agitado?
- Com que frequência você tem dificuldade para sossegar e relaxar quando tem tempo livre para você?
- Com que frequência você se pega falando demais em situações sociais?
- Quando você está conversando, com que frequência você se pega terminando as frases das pessoas antes delas?
- Com que frequência você tem dificuldade para esperar nas situações onde cada um tem a sua vez?
- Com que frequência você interrompe os outros quando eles estão ocupados?
Assim, de acordo com a frequência que isso acontece, poderá ser um dos critérios para um diagnóstico de TDAH.
Porém, ainda existem outros, como o início dos sintomas, em quais áreas da vida eles afetam, entre outros.
O que causa o TDAH
De maneira geral, não há uma causa específica para o TDAH.
No entanto, estudos mostram que fatores genéticos influenciam, bem como alterações nos neurotransmissores, em especial da dopamina e noradrenalina.
Tratamento para o TDAH
Em primeiro lugar e já respondendo ao tópico que deu título ao nosso texto, o TDAH não tem cura.
Esses dois sintomas podem causar muitos transtornos na vida de alguém, quando não tratados, e por mais que o TDAH não tenha cura, ele deve, sim, ser tratado.
Comum quando os professores falam: “Essa criança conversa demais” ou “Acho que precisa levar ao oftalmo porque parece que não enxerga bem”, sendo os déficits no aprendizado confundidos com coisas deste tipo.
Em crianças, por exemplo, traz dificuldade de aprendizado, pois é difícil se concentrar nas tarefas da escola. Já em adultos, isso pode atrapalhar bastante na vida profissional, pois tarefas simples podem ser bastante desafiadoras.
Contudo, atualmente existem tratamentos muito eficazes que ajudam com que pessoas com TDAH tenham uma vida mais tranquila, mesmo apresentando os sintomas.
Nesse sentido, o tratamento do TDAH acontece basicamente através de terapia com base cognitivo-comportamental e, em alguns casos, uso de medicamentos complementar à terapia.
Os medicamentos usados normalmente são o metilfenidato, a Ritalina, ou Lisdexanfetamina, também conhecido como Venvanse.
O principal objetivo dos medicamentos é reduzir os sintomas físicos do TDAH, como a baixa de concentração em tarefas e a hiperatividade.
Concluindo…
Então, gostou desse texto?
Se você quer saber mais sobre o tratamento para TDAH, entre em contato.
Meiriane Azeredo – CRP RS 07/26129