O Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) e o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) são comumente confundidos como se fossem a mesma coisa.
Contudo, há uma diferença bem significativa entre eles, sendo esse o tema do nosso conteúdo de hoje.
Sim, tanto o TDA quanto o TDAH afetam a atenção e a capacidade de concentração de uma pessoa.
Porém, há um detalhe entre os dois que faz com que sejam um pouco diferentes, acompanhe abaixo para entender qual é a principal diferença.
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O que é o TDA?
Em primeiro lugar, vamos começar explicando para você sobre o TDA, que é o Transtorno de Déficit de Atenção.
Nesse sentido, o TDA tem como característica principal a dificuldade em manter o foco e a concentração.
Dessa forma, pessoas com TDA, em virtude de uma disfunção neurobiológica, apresentam sintomas como:
- Desatenção: A pessoa pode se distrai facilmente, perdendo o foco e, com isso, cometendo erros por descuido;
- Desorganização; A pessoa apresenta dificuldade em organizar tarefas e atividades do cotidiano;
- Esquecimento: Em razão do déficit atencional, com frequência perde objetos e esquece compromissos ou atividades com que se comprometeu;
- Procrastinação: Por vezes, procrastina, já que tem muita dificuldade de iniciar ou finalizar alguns tipos de tarefas.
No entanto, o que uma pessoa com TDA não apresenta é a hiperatividade física, que é presente no TDAH, conforme vamos falar a seguir.
O que é o TDAH?
Somado às características do TDA, o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, o TDAH, uma pessoa com este transtorno também apresenta hiperatividade e impulsividade.
Ou seja, quem tem TDAH além de sofrer com as dificuldades de concentração, precisa enfrentar esses comportamentos hiperativos e impulsivos.
Dessa forma, os sintomas do TDAH são principalmente:
- Desatenção: Da mesma forma que o TDA, pessoas com TDAH têm dificuldade em prestar atenção a detalhes e manter o foco;
- Hiperatividade: Aqui está a principal diferença, pois Indivíduos com TDAH tendem a ser muito inquietos;
- Impulsividade: Pessoas com TDAH podem agir sem pensar, como interrompendo os outros durante a fala, falando fora de hora ou tomando decisões precipitadas.
Esses dois últimos sintomas são os mais perceptivos. Nas crianças, por exemplo, a dificuldade de se manterem sentadas pode ser um sinal do TDAH.
Subtipos de TDAH
Ainda, o TDAH é dividido em três subtipos, de acordo com a predominância de cada sintoma:
- Predominantemente Desatento: Neste subtipo se destaca como sintoma principal a desatenção, apesar de coexistir a hiperatividade e impulsividade de forma leve.
- Predominantemente Hiperativo-Impulsivo: Já nesse segundo, os sintomas de hiperatividade e impulsividade se apresentam de maneira mais intensa, enquanto a desatenção fica em segundo plano.
- Combinado: O subtipo combinado é o mais comum, onde a pessoa apresenta sintomas intensos combinados de desatenção, hiperatividade e impulsividade, na mesma intensidade.
Diferença entre TDA e TDAH
Portanto, como você viu acima, a principal diferença entre o TDA e o TDAH está na presença de hiperatividade e impulsividade.
Enquanto o TDA apenas afeta a atenção e a capacidade de concentração, o TDAH também envolve um comportamento muito ativo e impulsivo. Essa diferença é bastante perceptível durante uma avaliação.
Inclusive, o diagnóstico do TDA é mais difícil porque os sinais podem ser mais sutis dos que os do TDAH.
Diagnóstico
Certamente, o ponto principal, seja do TDA ou TDAH, é um diagnóstico.
Nesse sentido, é importante consultar um profissional de saúde mental, como um psicólogo, psiquiatra ou neurologista.
É com uma avaliação clínica detalhada, levando em consideração os relatos de pais, professores, cuidadores e a própria pessoa que relata as queixas, que é possível chegar ao diagnóstico.
Já falamos sobre alguns testes que existem para diagnosticar TDA ou TDAH, você pode conferir nesse conteúdo.
O diagnóstico é fundamental para identificar se a pessoa possui TDA ou TDAH e começar o tratamento correto.
Tratamento
Infelizmente, tanto o TDAH quanto o TDA não possuem uma cura atualmente.
Dessa forma, o tratamento para eles geralmente acontece entre uma combinação de terapia comportamental, intervenções educacionais e, em alguns casos, medicação.
Essas terapias são fundamentais para um controle dos sintomas, a fim de garantir uma vida mais tranquila para quem possui o transtorno.
Alguns exemplos de tratamentos são:
Terapia comportamental, que foca em ajudar a pessoa a desenvolver habilidades para organizar suas atividades, melhorar o foco e controlar impulsos.
Um exemplo disso é a Terapia ABA, que já falamos bastante sobre aqui no blog.
A medicação também pode ser necessária.
Esses medicamentos servem para auxiliar no aumento da concentração, por exemplo.
Apoio educacional e laboral em que o local de ensino possa realizar adaptações no ambiente escolar ou de trabalho, como tempo adicional para completar tarefas ou pausas regulares.
Se você quer saber mais sobre diagnóstico e tratamento de TDA ou TDAH, entre em contato conosco.
Somos especialistas em tratamentos como esse e com certeza vamos conseguir ajudar você a ter melhoras nessa condição.
Meiriane Azeredo – CRP RS 07/26129
