Foi lá em 2013, com a publicação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 que a síndrome de asperger passou a não ser mais vista de forma isolada.
Sim, atualmente ela faz parte do Transtorno do Espectro Autista e, na verdade, não tem mais esse nome.
De maneira geral, usa-se essa nomenclatura para pessoas que tiveram esse diagnóstico antes de 2013, já que a partir disso a síndrome passou a ser considerada como um nível de autismo mais leve.
Hoje esse vai ser o foco do nosso texto, então veja abaixo tudo sobre a síndrome de asperger e porque ela não é mais considerada de forma individual.
Síndrome de Asperger dentro do TEA
De acordo com o que falamos antes, em 2013 se incluiu a Síndrome de Asperger dentro do TEA, o transtorno do Espectro Autista.
Isso porque os sintomas dela são bem semelhantes a uma forma de autismo leve, então, não havia mais motivos para se considerar ela de forma isolada, já que o TEA a abrange também.
Nesse sentido, a síndrome de Asperger também é um transtorno de neurodesenvolvimento, mas de menor gravidade, sendo então um nível leve de autismo.
Ou seja, pessoas neste nível, apesar de terem algumas dificuldades, tem um bom funcionamento de maneira geral.
Principais características
A síndrome de Asperger se assemelhava com o autismo de nível leve por ter características em comum, como:
- Dificuldades para interação social;
- Comportamentos repetitivos;
- Hiperfoco;
- Dificuldades para compreender expressões e linguagem corporal;
- Necessidade de uma rotina estabelecida;
- Dificuldades em mudanças repentinas.
Por exemplo, um desafio é entender o sarcasmo em algumas falas, pois levam ao pé da letra o que se fala.
Há um personagem que demonstra bem um indivíduo com síndrome de Asperger, ou hoje autismo leve, que é o personagem Sheldon Cooper da série de tv The Big Bang Theory.
Durante os episódios é possível perceber todas essas características que falamos acima, em especial a dificuldade de interação com outras pessoas e a dificuldade em se adaptar ao novo.
No entanto, Sheldon é extremamente inteligente, inclusive com um Q.I altíssimo, o que realmente pode acontecer, já pessoas com autismo costumam ter um hiperfoco enorme. Inclusive, não são poucos os casos de pessoas com autismo que têm super dotação em alguma área.
É muito interessante acompanhar o personagem ao longo das temporadas e ver como ele foi evoluindo em relação a isso.
Diferenças da Síndrome de Asperger e Autismo
Hoje em dia, como falamos, não se separa mais a síndrome de asperger do autismo.
Porém, se tivermos que falar em diferença, seria justamente na questão dos níveis de autismo, que pode ser do mais leve ao mais grave.
Já a síndrome sempre não se dividia em níveis.
Porém, é importante sempre lembrar que ela pode se manifestar de diferentes formas em cada pessoa.
Portanto, é fundamental o diagnóstico com um profissional, para saber qual nível de autismo se encaixa.
Como saber qual o nível de autismo
Em um outro conteúdo aqui no blog, já trouxe sobre a questão dos níveis de autismo, você pode conferir esse texto clicando aqui.
De maneira geral, o diagnóstico de autismo e seus níveis acontece com a avaliação multidisciplinar de vários aspectos, sempre com o acompanhamento de um profissional.
A importância maior de saber isso é justamente para focar no melhor tratamento para cada nível, para que a pessoa com autismo possa ter o melhor desenvolvimento possível.
Atualmente, o autismo não tem cura, mas os tratamentos ajudam e muito a viverem uma vida melhor, mesmo com todos os desafios.
Então, procure um profissional da área para auxiliar você nisso.
Entre em contato para saber mais sobre meu atendimento especializado para autistas.
Meiriane Azeredo – CRP RS 07/26129
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