Recentemente, durante um programa de entretenimento americano em 2021, o bilionário Elon Musk afirmou que ele foi diagnosticado com a síndrome de Asperger, um nível de autismo.
Nessa ocasião, a confirmação chamou muito a atenção das pessoas de dentro da comunidade após por conta de algumas controvérsias.
Principalmente porque uma pequena confusão sobre o que é a síndrome e qual a relação com o autismo.
Por isso, aqui neste texto, vamos fazer uma breve explicação sobre esse assunto.
Confira também esse artigo: Onde foi parar a síndrome de asperger?
O que é a síndrome de Asperger?
Antes de tudo, vamos explicar mais a respeito sobre a Asperger.
A síndrome de Asperger era um tipo dentro do Transtorno de Espectro do Autismo (TEA).
Isso significa que essa síndrome é um transtorno de desenvolvimento que tem características iguais do autismo grau leve.
Agora, vamos ver alguns dos comportamentos comuns dentro deste grau de autismo que são:
- Dificuldade para diferenciar pensamentos abstratos e figuras de linguagem;
- Dificuldade na Comunicação verbal;
- Dificuldade para desenvolver algumas habilidades em algo específico;
- Dificuldade de expressar emoções e sentimentos;
- Sensibilidade sensorial.
Por isso, é importante realizar uma avaliação psicológica, pois existem outros sinais que variam de pessoa para pessoa.
Relembrando que o Asperger é um tipo de autismo!
A principal diferença entre Asperger e o espectro do autismo é justamente o nível ou a escala de gravidade relacionada ao comportamento e comunicação.
Inclusive, essa nomenclatura está em desuso e vamos te explicar um pouco mais em seguida.
Outro ponto que vamos destacar é o fato de que autismo não é uma doença, mas sim uma condição.
Portanto, podemos dizer que não há nenhuma cura para o autismo.
Mas com tratamento por meio de terapias comportamentais com profissionais capacitados, a pessoa pode adquirir mais autonomia ao descobrir o diagnóstico.
Por que não existe mais Asperger?
Como já comentamos anteriormente, a síndrome está dentro do espectro autista.
Porém, essa denominação não se utiliza mais por algumas razões que vamos te explicar aqui neste artigo.
Primeiramente, o próprio Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) optou em eliminar o estigma associado ao diagnóstico de autismo.
Ao unir todas essas variações dentro do TEA, é possível incluir em intervenções para ter um tipo de suporte adequado conforme as necessidades de cada um.
Agora, a antiga síndrome de Asperger, hoje é o nível I do TEA por ser um quadro mais leve e mais funcional em relação à comunicação.
Por essa razão, o diagnóstico desse tipo de síndrome é mais difícil de fazer o diagnóstico, principalmente em crianças.
Afinal, as crianças estão em grande processo de desenvolvimento motor e social.
Dessa forma, é essencial que os pais estejam atentos para qualquer sinal de atraso no desenvolvimento que criança demonstre ao longo da sua infância.
Afinal, Elon Musk tem autismo?
Como falamos antes, durante um monólogo do programa de humor norte-americano, Saturday Night Live, o Elon Musk confirmou sobre ter esse nível de autismo.
Nesse momento, ele comenta: “Sou a primeira pessoa com Síndrome de Asperger a apresentar o SNL. Ou pelo menos a primeira a admitir isso.”
Embora o autismo não seja aberto por muitas pessoas públicas, Musk se tornou uma pessoa que trouxe muita visibilidade para o assunto.
Como falamos, pessoas com autismo possuem interesses e habilidades cognitivas aguçadas em determinado assunto de interesse.
Outras personalidades
Além disso, você também precisa saber que, além do próprio Elon Musk, outras personalidades também confirmaram o diagnóstico de autismo.
Como, por exemplo, a atriz Letícia Sabatella também recebeu essa notícia do diagnóstico aos 52 anos.
Nesse caso, ela confirmou em uma entrevista que realizou o teste após a sua filha também ser diagnosticada com TEA.
Outra personalidade que fez isso é a Greta Thunberg.
Segundo ela, aos 12 anos de idade recebeu o diagnóstico de síndrome de Asperger, ou seja, aquele tipo de autismo nível I que falamos anteriormente.
Por fim, vamos citar a cantora Sia.
Dona de inúmeras canções e composições famosas, ela contou que recebeu a notícia de ser uma pessoa com autismo aos 47 anos de idade.
Ao analisar essas personalidades, podemos perceber que são mulheres que receberam o diagnóstico através de um apoio de um profissional.
Além disso, duas delas receberam esse diagnóstico com idades mais avançadas.
Por isso, destacamos a importância de realizar um acompanhamento psicológico, para fazer uma avaliação precisa.
Como saber o nível
Visto isso, não se pode esquecer de mencionar que, a intervenção comportamental tem evidências científicas para o tratamento do Nível 1 do TEA.
Por isso, queremos te falar ainda nesse artigo um pouco sobre a terapia ABA.
ABA é um termo em inglês que significa Análise de Comportamento Aplicada.
Essa ciência busca entender como uma pessoa, que foi diagnosticada com autismo, pode desenvolver comportamentos para conseguir se adaptar melhor em diversas atividades.
Para resumir, a terapia ABA é um tipo de terapia que auxilia o indivíduo a desenvolver r sua autonomia. Um psicólogo que atue com ABA pode ajudar neste caso.
A terapia ABA pode ser aplicada em crianças, ajudando precocemente a desenvolver estratégias para aperfeiçoar emoções, interação com outras pessoas e linguagem mais aberta.
Porém, temos que mencionar que pode ser utilizada em qualquer pessoa e em todas as faixas etárias!
Por isso, é muito importante que a pessoa com diagnóstico de autismo procure entender melhor sobre os seus próprios sentimentos, até mesmo para entender quando buscar auxílio de um profissional.
Concluindo…
Aqui no nosso Instituto, oferecemos acolhimento e um direcionamento para quem precisa de uma análise mais detalhada sobre o seu repertório.
Se esse conteúdo foi interessante para você e quer entender mais como funciona a terapia ABA, entre em contato conosco!
Nós podemos te ajudar nessa jornada!
Meiriane Azeredo – CRP RS 07/26129
