Como a terapia ABA contribui para a mudança comportamental de crianças autistas?

Entenda como a terapia aba auxilia crianças com autismo nesse artigo do Instituto Meiriane Azeredo.

Sumário

Se você acessa nosso blog já deve ter lido muito por aqui sobre a terapia ABA.

Isso porque a Terapia ABA é uma terapia padrão ouro para o tratamento de autismo, em especial para as mudanças no comportamento. 

Então, hoje separamos esse texto para explicar para você como a terapia ABA contribui nessas mudanças de comportamento, com foco em crianças autistas.

Portanto, leia o texto até o final para acompanhar todo o conteúdo que trouxemos hoje.

Leia também: Níveis de Autismo.

Introdução à Terapia ABA 

Em primeiro lugar, vamos fazer uma introdução à Terapia ABA, para que você entenda o conceito principal. 

Também conhecida como Análise do Comportamento Aplicada, é uma intervenção que busca desenvolver e aprimorar comportamentos, especialmente através do reforço deles e uma análise funcional.

Apesar de ter se tornado mais conhecida nos últimos anos, a ABA é uma terapia que se iniciou lá no início do século XX, por dois psicólogos. No entanto, foi só nos anos 60 que ela começou a ser colocada em prática.

Inclusive, lá nos anos 60 ela já foi reconhecida por ter conseguido sucesso nas aplicações em casos de transtorno do espectro autista. 

Então, a partir dos anos 80, a Terapia ABA se confirmou, de fato, como uma abordagem de tratamento bastante eficiente para o TEA.

As 7 dimensões da terapia ABA

Bom, para a mudança do comportamento, que é o principal foco da Terapia ABA, também precisamos falar das suas 7 dimensões. 

Essas dimensões tem como objetivo nortear a pesquisa e a prática em ABA e intervenções comportamentais a serem mais bem sucedidas. 

As 7 dimensões surgiram em 1968 em um artigo científico e hoje são os princípios centrais dessa terapia, que são: 

  • Aplicada;
  • Analítica;
  • Comportamental;
  • Tecnológica;
  • Conceitualmente sistemática;
  • Eficácia;
  • Generalidade.

Veja abaixo o que é cada uma dessas dimensões.

Aplicada

Em primeiro lugar, temos a dimensão aplicada.

A intervenção deve ter um foco em comportamentos que sejam socialmente relevantes para o indivíduo, ou seja, naqueles comportamentos que se desenvolvidos irão render benefícios ao paciente. 

Um exemplo disso é intervir na comunicação funcional, ensinando comportamentos que auxiliem a criança no seu dia a dia, ampliando as relações interpessoais. 

Analítica

Entenda como a terapia aba auxilia crianças com autismo nesse artigo do Instituto Meiriane Azeredo.

Em segundo lugar, a intervenção da terapia ABA também precisa ter como base a análise funcional do caso. 

Nesse sentido, é preciso analisar as relações entre o organismo e o ambiente para compreender quais variáveis impactam no comportamento, assim, pode-se promover a mudança comportamental.

Dessa forma, durante todo o tratamento é preciso acompanhar essa evolução, analisando o antes e depois do paciente para verificar se está sendo efetiva a terapia. 

Comportamental

Em terceiro lugar, a base da intervenção é comportamental e não mantém outras teorias “caminhando” em conjunto.

Assim, é possível definir as respostas que são alvos de intervenção e também, estabelecer medidas quantitativas para avaliar o progresso de cada paciente.  

Tecnológica

Em quarto lugar, a terapia ABA também precisa ser descrita de forma fácil e detalhada para que outros terapeutas possam replicar as técnicas usadas.

Descrever os procedimentos de forma que todos envolvidos na intervenção consigam ler e replicar é de fato, muito relevante. Isto implica diretamente no sucesso da terapia. 

Conceitualmente Sistemática

Em quinto lugar, a terapia ABA também sempre será aplicada com base em teorias e conceitos da análise de comportamento. 

Nesse sentido, todas as práticas devem estar alinhadas e fundamentadas em princípios da análise comportamental que já foram construídos.

Eficaz

A eficácia é o sucesso da intervenção   para a vida do indivíduo. Uma intervenção para ser considerada eficaz precisa “sobreviver ao tempo”, ou seja, o indivíduo aprende e mantém o comportamento em seu repertório. 

Usando o mesmo exemplo anterior, sobre as habilidades de comunicação, a eficácia é o quanto evoluiu a interação social da criança com outras pessoas e também se tal comportamento se manteve, mesmo após o fim da intervenção. 

Generalidade

Por fim, a dimensão da generalidade tem como objetivo a transferência e aplicação do comportamento em diferentes contextos. 

Isso serve para garantir que o indivíduo vai conseguir replicar o que aprendeu na terapia em outros ambientes, como, por exemplo, escola, academia e outros.

Afinal de contas, pode ser fácil no ambiente terapêutico conseguir uma evolução, mas na vida real é difícil a aplicação e é preciso que ela aconteça no maior número de ambientes possíveis para afirmar que o indivíduo realmente aprendeu. 

Mudança de comportamento em crianças autistas com a terapia ABA

Ao estabelecer intervenções em ABA é preciso respeitar o que norteia a ciência, através das Sete Dimensões, mas é preciso que o terapeuta faça uma avaliação de excelência, estabelecendo alvos de curto, médio e longo prazo e que todos os dados gerados pela intervenção sejam analisados pontualmente.

Sabemos que é um desafio reforçar esses comportamentos, ou até mesmo evitar alguns, quando estes trazem prejuízos ao indivíduo.

Nesse sentido, a terapia ABA fornece uma série de técnicas para auxiliar com que essa criança consiga ao máximo possível ter uma vida cotidiana tranquila e com mais independência.

Se você quer saber mais sobre essa terapia, entre em contato conosco. 

Temos especialistas em ABA, que com certeza vão conseguir auxiliar você no tratamento que for necessário.

Meiriane Azeredo – CRP RS 07/26129

Fale Conosco

Entre em contato com nossos especialistas.

plugins premium WordPress