A Terapia ABA é a aplicação de métodos cientificamente comprovados pela Ciência do Comportamento. Essa intervenção comportamental permite a construção de repertórios simples e complexos, estimulando a autonomia dos pacientes.
Mas, por que essa terapia é conhecida como um tratamento “ouro” no TEA?
É essa, e outras perguntas importantes que vou responder pra você hoje!
Então, nesse texto você vai encontrar:
- O que é a Terapia ABA?
- Como funciona a aplicação da Terapia ABA?
- Como ela auxilia pessoas com autismo?
Prontos para começar a leitura? Vamos lá!
O que é a Terapia ABA?
Primeiramente, vamos falar sobre o significado da própria sigla ABA, que vêm do inglês “Applied Behavior Analisys”, ou seja, Análise do Comportamento Aplicada.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece e recomenda a Terapia ABA como uma ciência de aprendizagem para pessoas com desenvolvimento atípico, principalmente o autismo.
Em suma, o objetivo principal da ABA é promover o ensino de novas habilidades, ajudando o indivíduo em sua autonomia e controle de comportamentos desafiadores.
Historicamente, os primeiros estudos realizados sobre essa ciência aconteceram em 1960, e em 1987 um novo estudo, realizado por Lovaas, apontou grande evolução na utilização dessa ciência para o tratamento de crianças com autismo.
Desde então, as pesquisas se aprofundaram e a Terapia ABA passou a ser, como citei anteriormente, recomendada pela OMS.
O National Autism Center (NAC) classifica a intervenção comportamental como uma prática baseada em evidências, para crianças com TEA dos 0 aos 22 anos de idade.
A ABA é comprovadamente eficaz, e as intervenções comportamentais podem auxiliar consideravelmente na qualidade de vida das pessoas com transtornos de desenvolvimento, como, por exemplo, o TEA.
Como funciona a aplicação da Terapia ABA?

Ao longo de um tratamento com ABA, a palavra-chave de tudo é aprendizagem. Ou seja, para a aplicação da intervenção, são descritos os objetivos que visam a aprendizagem do indivíduo.
Então, a partir de agora, vou te explicar brevemente quais são os principais passos para a aplicação da Terapia ABA.
Inicialmente, assim que o paciente chega ao Instituto, nós realizamos uma análise profunda dos seus comportamentos, para entender como, quando e por que eles ocorrem.
Além disso, também é importante identificar o papel do ambiente, que está diretamente relacionado a esses comportamentos.
A partir dessa análise inicial, conseguimos traçar os objetivos e procedimentos que vão nos permitir ensinar novos comportamentos ao paciente.
Após isso, a Terapia começa a ser aplicada por um profissional que atua como um “professor”, auxiliando o paciente a desenvolver comportamentos-alvo da intervenção.
À medida que estes comportamentos são construídos, novos emergirão, aumentando o repertório do indivíduo.
Mas, a partir disso, muitas pessoas acabam tendo a mesma dúvida… a Terapia ABA só serve para crianças?
Eu te respondo!
Não. Não é usada apenas em crianças. Pode ser aplicada a públicos de todas as faixas etárias.
Então, a Terapia ABA é comumente aplicada a crianças, isso porque é extremamente importante diagnosticar o autismo de forma precoce, bem como outros transtornos de desenvolvimento.
Ao longo dos anos, a ABA ficou mais conhecida no campo do TEA e isso fez com que muitas pessoas pensassem que só tratamos crianças com TEA.
Por isso, é mais comum que os principais pacientes dessa terapia sejam crianças, mas isso não significa que adolescentes e adultos não possam se beneficiar pela ABA.
Contudo, é importante citar que esta área é vasta e repleta de pesquisas em vários campos, e reforço também que para o tratamento de TEA, recomenda-se a Terapia ABA por ter evidências científicas fortes.
Então, não, a terapia ABA não serve apenas para crianças!
Como ela auxilia pessoas com autismo?
Após entender tudo isso, vamos ver então como essa Terapia realmente ajuda, de forma prática, as pessoas com autismo.
Anteriormente, citei aqui os principais passos da Terapia ABA, mas a grande questão, é que para o tratamento de pessoas com TEA, devemos sempre programar alguns pontos importantes:
- Ensino de habilidades relevantes para o contexto social do paciente;
- Incentivo à prática dessas habilidades fora do ambiente terapêutico;
- Análise constante da evolução do paciente e reavaliação de novas estratégias de aprendizado.
Além disso, algo que praticamos aqui no Instituto é e transparência.
Ao iniciar a terapia ABA, é necessário conversar com os pais da criança sobre os objetivos comportamentais de forma muito clara, por isso, nós promovemos uma análise completa após a avaliação.
Esta análise seguirá por todo o tratamento, pois nos permite entender como o paciente está evoluindo, bem como planejar alguma mudança de procedimento.
Tudo isso para podermos dar para os pais uma perspectiva honesta e transparente sobre a evolução de seus filhos.
Mas, no geral, a notícia costuma ser muito boa, isso porque a Terapia ABA possibilita uma melhora na qualidade de vida. Temos vários relatos reais por aqui.
Então, sim, a Terapia ABA é recomendada no tratamento para pessoas com autismo.
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Meiriane Azeredo – CRP RS 07/26129