Se você vive um pouco do mundo do TEA, Transtorno do Espectro Autista, com certeza já deve ter ouvido falar na terapia ABA.
No entanto, será que ela funciona só para indivíduos dentro do espectro? É sobre isso que vou falar no conteúdo de hoje.
Confira abaixo tudo que você precisa saber sobre a terapia ABA para tratamento fora do TEA.
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O que é a terapia ABA
Antes de mais nada, caso você ainda não conheça, vou explicar o que é essa terapia ABA, tão conhecida dentro do TEA.
Essa terapia é, na verdade, uma ciência baseada nos princípios do comportamento e pode ser aplicada em todas as idades.
Essa sigla ABA vem do termo em inglês Applied Behavior Analysis. Ou seja, Análise do Comportamento Aplicada.
O principal objetivo dessa terapia é justamente tratar aquele indivíduo através dos seus comportamentos, seja para aumentar a frequência de algum comportamento que esteja ausente. Ou, ainda, diminuir quando ele acontece em excesso.
Dentro do Espectro, por exemplo, sabemos que os indivíduos possuem muitos desafios comportamentais, como a dificuldade de interação, ou até mesmo de ter movimentos específicos em excesso.
Então, dentro disso a ABA busca entender aqueles comportamentos e ajudar a pessoa com autismo a regulá-los.
Como é uma sessão de terapia ABA?
Na prática, não há uma única forma de execução de uma terapia ABA, pois ela é individual para cada pessoa, de acordo com as suas necessidades.
Contudo, algumas estratégias são usadas, como materiais visuais, dicas verbais, uso até mesmo de brinquedos da própria criança.
Inclusive, até mesmo ajudá-la a fazer atos físicos, como apontar ou cumprimentar alguém pode ser ensinado através do gesto, que é o que chamamos de dica física.
Esse auxílio acontece durante um tempo, para que depois, com o passar da terapia, o paciente já não precise mais dessa ajuda.
Ou seja, a terapia ABA é bastante completa e pode acontecer em diferentes formatos.
Quem pode aplicar a terapia?
Essa terapia precisa ter como guia um profissional com formação em psicologia, mesmo que a execução possa envolver outros profissionais além de.
Atualmente, existem terapeutas especialistas nisso, como é meu caso. Além de psicóloga, sou analista comportamental e atuo juntamente com a terapia ABA no meu consultório.
Portanto, busque profissionais de qualidade para iniciar essa terapia, pois ela exige conhecimentos específicos dessa ciência para ter uma aplicação eficaz.
Ela funciona só para o TEA?
De acordo com o que você viu, a terapia ABA, na verdade, é uma ciência, que tem como base o comportamento.
Ou seja, ela é aplicável para qualquer condição que tenha uma necessidade de alteração de um comportamento específico.
Um exemplo que podemos dar de uma condição que se aplica a terapia ABA é o TDAH, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Como os pacientes desse transtorno sofrem muito com uma agitação maior, que prejudica o raciocínio e a concentração em tarefas, o treinamento desses comportamentos pode ajudar muito.
Então, ela entra nesses casos para também buscar uma forma de autorregular esses comportamentos que atrapalham a pessoa com TDAH, para que ela sinta menos os sintomas negativos do transtorno.
Assim, ela pode ajudar na concentração, organização, a manter-se em mais tempo com tranquilidade, entre outros comportamentos característicos do TDAH.
Ainda, outra síndrome que também pode ter benefícios com a ABA é a Síndrome de Tourette, que tem como característica os movimentos repetitivos em excesso.
Ajudar no controle desses movimentos é um dos benefícios da aplicação dessa ciência para esses pacientes.
Portanto, de maneira geral a terapia ABA pode se aplicar a qualquer tratamento que envolva a questão comportamental do indivíduo, pois esse é o foco dessa ciência.
Se você quer saber mais sobre ela e como funciona esse trabalho, entre em contato.
Meiriane Azeredo – CRP RS 07/26129
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